quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Tempo

Leminski pensou:
Que podia um velho fazer
Nos idos de 1916
A não ser pegar pneumonia
Deixar tudo pros flhos
E virar fotografia?

Demos tempo ao tempo
A melhor idade hoje sabe o que fazer
Ah, o viagra e seu intento
A cadência do samba faz-se ver

O poeta falou:
Um relógio parado
Certamente é baldado.
Mas quem diria?
Ele marca a hora certa
Duas vezes ao dia

Ah, é... Tudo é relativo
A nostalgia dos amanhãs
O status quo atípico
E o agridoce das maçãs

Tète-a-tète
O tempo murmura em meus ouvidos
Como um alaúde
O presságio do meu ontem

A máquina do tempo
E seu alarido do futuro
Me lembram que o sol já vai nascer
E a morte logo vem.

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