terça-feira, 29 de setembro de 2009

Retarda...do

— Ei, velho, onde você tá?
— Tou viajando — disse Alberto ao celular.
— Merda!
— Por quê?!
— É que vou trazer uma boyzinha aqui pra casa, pô.
— Ué! Você queria que eu participasse da brincadeira? — disse Aberto, rindo.
— Nem pensar. Uma morena dessas não se divide. Não é pro seu bico — ironizou Bruno, rindo ainda mais.
— Quer dizer que você liga pra mim só pra me ridicularizar, é?
— De forma alguma, parceiro. É que eu tava precisando de dinheiro pra bancar a noite, entende? Ia lhe pedir emprestado.
— Entendo. Pra que ir pra motel? Esse perto da tua casa é 40 reais/duas horas. Sua cama é de graça. É só comprar um vinho geladinho e...
— É claro que vai ser na minha casa. Mas eu menti aqui pra ela: disse que tava com 5 cervejas de lata aqui. Precisava só do dinheiro pra camisinha!
— E quanto você tem aí?
— 10 reais cravados.
— Nenhuma moeda escondida nos bolsos?
— Já revirei meu carro e tudo. É nessas horas que a gente se arrepende de dar trocado praqueles meninos de rua que fingem vigiar o nosso carro... — lamentou Bruno.
— Então finja que bebeu uma cerveja indo pra casa dela. Daí, você compra só quatro brejas e compra da camisinha retardante!
— Como é, rapaz?
— É uma laranjinha da Eros, pô! Você ganha mais tempo na atividade... riu ele.
— Pode crer. Vou fazer isso mesmo! Valeu, velho.
[...]
— E como foi lá?
— Ah, comprei só uma cerveja mesmo. Ela tinha uma vodca lá. Fizemos umas 10 páginas do Kama Sutra! — riu Bruno, enquanto a cabeça explodia por conta da ressaca.
— Imagino como estão suas costas...
— O pior não é isso: não comprei camisinha!

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