quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Sem problemas

“Não há nada que um bom boquete não possa resolver”. Eu estava com essa frase na cabeça, apesar de não ser necessariamente um pervertido. Seria isso, um bom “serviço”, a solução de todos os nossos problemas?

Basicamente. As mulheres talvez não saibam o poder que tem em mãos. Ou na boca. Palavra! Os esforços voltados para o prazer e tudo o que não importa de verdade – naquele momento – se esvai em jatos brancos de prole indesejada.

E fim. Deitei na cama, depois de todas aquelas posições decoradas em filmes pornôs (É pra isso que eles servem, não?), olhando pro espelho em cima de nós.

- Vamos ter um desses, né? – ela sussurrou, enroscando o cabelo do meu peito.

- E uma banheira – eu disse. Sempre quis uma banheira. Tomar banho lendo é uma das minhas maiores curiosidades. Porque cagar, todo mundo caga. Cagar lendo, quero dizer.

Aí ligo pra recepção.

- Olá, senhor. Posso ajudá-lo em algo?

- Aqui é do quarto 32, como bem sabe. Você poderia ver quanto me custou, por favor? [...] R$ 45? Beleza. Vou pôr na caixinha.

O troco vem em duas notas de dois reais e um Halls do preto. Oh, ele é bom pra sexo oral... Gela tudo.

Mas é hora de ir. Levar a namorada em casa. (Porra, já são 3h45 da madrugada. Preciso acordar já, já pra trabalhar. Encarar aqueles moleques que não querem aprender merda nenhuma naquele colégio de freiras...) Ela, Antonieta, é argentina. Loira. Busto legal. Quadril normal. Pernas e derrière que eu vou lhe falar...

- Bem, enquanto você tá nessa avenida, vou lhe fazer um agrado. Mais um. Cadê você?! Kiniguiniguini! – brincou ela com meu pinto. Eu estava no meu Cross Fox e ela abrindo minha braguilha, de novo.

Começou a crescer a minha pulsação e aquele gosto de Halls só ajudava. Passei por um quebra-mola que nem percebi. Dois semáforos. O gozo veio, bem como um poste em minha direção.

Meu carro não era, digamos, completo. Tinha ar, trava e tal. Mas não tinha direção hidráulica, tampouco airbag. Talvez isso me salvasse da morte. Ou não.

Sem cinto de segurança, eu voei pelo parabrisa. Minhas calças ficaram no carro, junto com meus membros inferiores, acolchoando a cabeça morta de minha eterna namorada. Me senti leve, como se todos os problemas tivessem sido resolvidos de uma vez.

7 comentários:

  1. Caaaaaralho! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Tipo: excitante excitante excitan... PUTA QUE PARIU BREEEENO! Vai se fuder!

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  2. Putz, esse cabe aquela frase bem clichê "seria cômico, se não fosse trágico" ... tava co saudades dos seus contos Bruno com "E"

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  3. Um novo sentido à máxima "morrer feliz"...

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  4. PQP Breno. Sua imaginação vai looonge de mais!!! rsss

    D Freire

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